terça-feira, 13 de novembro de 2012

Características dos pinguins


Os pinguins são excelentes nadadores e alcançam uma velocidade de 8 a 12 km/h, dependendo da espécie. As vezes, os pinguins dão saltos de vários metros por cima da águia. Isto lhes permite evitar ataques de predadores e permite-lhes também respirar. Também dão esses saltos quando querem alcançar alguma rocha a partir da água.
Essa habilidade para nadar não corresponde com a sua habilidade em terra. Os pinguins são muito trapalhões a andar, até têm de mexer as suas barbatanas para manter o equilíbrio. Quando querem descer um monte de neve, o fazem deslizando sobre os seus estômagos.
Todos os pinguins são aves muito sociáveis pois geralmente juntam-se com muitos exemplares machos numa colónia. As colónias são maiores em épocas de nidificação.
Todas as espécies de pinguins formam pares para aninhar. Normalmente põem entre 2 a 3 ovos de cor brancos e arredondados, excepto os pinguins imperadores e rei que apenas põem um ovo. Tanto a fêmea como o macho fazem turnos para chocar os ovos e alimentar os recém-nascidos. Quando as crias se tornam um pouco maiores, os pinguins pais vão ao mar em busca de alimentos enquanto as crias são protegidas por outros pinguins num único sitio onde ficam todas as outras crias que esperam pelos seus pais.
A comunicação entre os pinguins é realizada mediante um ritual de comportamento complexo, com movimentos de cabeça, penas, etc. As disputas por territórios são declaradas através de olhares entre oponentes, indicações e golpes com as barbatanas. O ritual para o cortejo da fêmea consiste em que macho inche o seu peito com a cabeça esticada para trás enquanto move as asas. O macho também emite uns sons parecidos com um zurrar.
Os pinguins são animais curiosos. Quando não têm um predador em terra, eles ficam cheios de confiança e respeito pelas pessoas, tanto que podem ser eles próprios que tentem ficar mais perto dos homens locais. Os ovos ou crias, assim como os pinguins feridos são os mais vulneráveis. Entre os seus principais inimigos estão os pombos da antárctica, o salteador polar, o leão-marinho e o elefante-marinho.

Espécies de pinguins

Hoje em dia, dependo do critério da zoologia, existem entre 16 a 18 espécies distintas de pinguins. Alguns consideram o pinguim pequeno de asas brancas como uma espécie própria e outros não. Assim como o pinguim-real é considerado em determinados casos como uma subespécie do pinguim-saltador-da-rocha. Existe algumas diferenças.

A classificação mais aceite pela maioria dos especialistas é a de 17 espécies. Vamos-te mostrar todas as espécies, as 18, para que passes a conhecer todas as espécies de pinguins:


  • Pinguim-africano (Spheniscus demersus)
  • Pinguim-azul (Eudyptula minor)
  • Pinguim-azul-do-norte (Eudyptula albosignata)
  • Pinguim-das-snares (Eudyptes robustus)
  • Pinguim-de-adélia (Pygoscelis adeliae)
  • Pinguim-de-barbatanas-brancas(Eudyptula albosignata albosignata)
  • Pinguim-de-barbicha (Pygoscelis antarctica)
  • Pinguim-de-fiordland (Eudyptes pachyrhynchus)
  • Pinguim-de-humboldt (Spheniscus humboldti)
  • Pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus)
  • Pinguim-de-olho-amarelo (Megadyptes antipodes)
  • Pinguim-dos-galápagos (Spheniscus mendiculus)
  • Pinguim-gentoo (Pygoscelis papua)
  • Pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri)
  • Pinguim-macaroni (Eudyptes chrysolophus)
  • Pinguim-real (Eudyptes schlegeli)
  • Pinguim-rei (Aptenodytes patagonicus)
  • Pinguim-saltador-da-rocha (Eudyptes chrysocome)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pinguim-de-Magalhães


O nome cientifico dos pinguins-de-magalhães é Spheniscus magellanicus. O seu habitat se centras nas costas e ilhas sul-Americanas do oceano Pacifico e do Atlântico.
A vida destes animais se divide em duas partes por ano. Uma reprodutiva, que sai do mar e só volta para alimentar-se e a outra que não sai da água por nada, chamado período pelágico. Para os adultos, este período começa no Outono e termina em finais de Agosto ou principio de Setembro quando voltam à nidificação.
Esta nidificação ou reprodução realiza-se sempre em grandes colónias. Os pinguins são monógamos. Fazem turnos na altura de incubar os ninhos.

As fêmeas põem dois ovos em Outubro, que se partem dando lugar a novos pinguins em Novembro. Estes pequenos pinguins começam a ser independentes em Fevereiro e entre Março e Abril mudam as suas penas para a migração que irá acontecer para o norte.
Para uma boa reprodução destas aves é fundamental uma boa alimentação. Estes pinguins geralmente comem pequenos peixes e lulas.

Pinguim-imperador

O pinguim-imperador é a maior espécie de pinguins que existe. O seu peso em adulto ronda os 30 a 40 kg e o seu tamanho entre os 110 e os 115 centímetros. Vivem no continente antárctico.

Têm a cabeça e o pescoço (na parte anterior) de cor preto, enquanto a parte da frente do pescoço é de cor branca alaranjada. O seu bico é forte e fino, ligeiramente curvado até abaixo. Alcançam a maturidade sexual a partir dos quatro anos de idade e em média vivem 18 a 20 anos.
A sua alimentação baseia-se em pequenos peixes, crustáceos e lulas, como todas as outras espécies de pinguins. Nas épocas de acasalamento, os pinguins-imperador procuram o seu par do ano anterior. Apenas em casa de não a encontrarem, normalmente devido à morte desta, procuram outra fêmea. Por vezes acontece que um pinguim macho encontra uma fêmea que está livre por não encontrar o seu par anterior, mas se este aparecer, o terceiro tem de ir-se embora e procurar uma nova fêmea.


Apesar de serem pares estáveis ao longo dos anos, isto não evita que o ritual de acasalamento e coteja não se leve a cabo. Os lugares onde procriam podem ser perto do mar ou inclusive a 90 km no interior do continente. A fêmea põe um ovo de passa imediatamente ao macho para que ele o incube. A incubação dura dois meses em que o macho não se alimenta, apenas dorme e cuida do ovo. Nesse período, o macho pode chegar a perder até metade do seu peso.
É uma altura difícil pois no Inverno antárctico há noites que chegam ter mais de 20 horas de escuridão e frio. Nesse período, a fêmea regressa para procurar alimentos no mar. Os pinguins-imperador podem submergir-se a mais de 300 metros de profundidade e permanecer mergulhando até 20 minutos. Um dos predadores no mar é as orcas e os leões-marinhos.

domingo, 11 de novembro de 2012

Pinguim-rei


O pinguim-rei se distingue por ter a cabeça preta, o pescoço cinzento e a garganta laranja, que vai passando a branco quanto mais perto do peito estiver.
O seu nome cientifico é Aptenodytes patagonicus e é a segunda maior espécie, depois do pinguim-imperador. O peso normal para os machos e fêmeas é cerca de 15 a 16 kg, contudo ambos reduzem para 13 e 11 kg assim que termina a época de cortejo.
Estes pinguins não constroem ninhos a não ser que puserem um único ovo na terra. Depois, a incubação dura cerca de 55 dias e nessa altura o ovo está sempre protegido, pois a única coisa que o toca é o corpo do pinguim. Uma vez que tenham nascido as crias, elas se tornaram independentes a partir dos 12 a 14 meses. A média é de duas crias a cada três anos.
A sua estatura chegar a ser de 100 centimetros. Os pinguim-rei vivem na zona da antárctica e ilhas subantárcticas. A sua alimentação consiste basicamente em peixes, mas também se alimenta de crustáceos e lulas.
Existem duas subespécies do pinguim-rei, o A. p. patagonicus que se encontra nas ilhas Malvinas e Georgias do sul e o A. p. halli que se encontra nas ilhas subantárcticas do oceano Indico e no sul da Austrália e Nova Zelândia.
A espécie de pinguim-rei foi bastante castigada, especialmente na segunda metade do século XIX, onde foram perseguidos para extrair o azeita e as penas. Os seus ovos também eram cobiçados naquela época.

sábado, 10 de novembro de 2012

As águias


As águias são grandes predadoras voadoras diurnas da família Accipitridae. Como todas as aves predadoras, as águias possuem grandes garras para apanhar as suas presas e umas patas poderosas. Também têm uma visão incrível que lhes permite descobrir e seguir a sua presa a longa distância. As águias têm uma visão nítida a uma distância a mais de 500 metros.
A águia de África possui uma força surpreendente. Um exemplar adulto desta espécie é capaz de matar e levantar do chão animais de 40 kg. Graças ao seu bico filtrante, a águia é a único pássaro capa de alimentar-se nas águas envenenadas dos sais vulcânicos.
A etimologia do termo águia é incerta. Chegou-se a 2 hipóteses: A primeira diz que o termo deriva da antiga palavra “aigla” e a outra diz que provém do latin popular “aquila”, que é também o nome de um género de águias composto pelas águias verdadeiras.


A águia é o símbolo de numerosos organismos e nações, pois este animal representa as ideias de beleza, força e prestigio. Os romanos as utilizavam como emblema para os seus exércitos.
A águia aparece frequentemente nas artes plásticas. Na arte greco-romana, é um dos atributos de Júpiter, que tomou a sua forma para trazer Ganímedes ao Olimpo. Também aparece na reapresentação do castigo a Prometheus por parte de Zeus. Na iconografia Cristina, é o símbolo e atributo de São João o evangelista.

Águia Imperial Ibérica


Ficha da Águia Imperial Ibérica

Tamanho: 75 cm – 84 cm

Comprimento: 1m 90 – 2m 10

Peso: 5 Kg (machos) – 3 kg (fêmeas)

Tempo Médio de Vida: 45 anos

A Águia Imperial Ibérica possui uma constituição forte. A sua pelagem é uniforme de uma cor castanho-avermelhada, com manchas irregulares de cor branca â altura dos ombros. A plumagem dos adultos é castanha muito escura com certos tons avermelhados na parte superior das costas. As penas da cabeça e do pescoço são muito claras, normalmente amareladas ou branco cremoso, apesar de à distância parecem completamente brancas, sobretudo as águias com muitos anos.
A sua parte fronteira é castanho-escura, por vezes quase preta. Apesar dos detalhes mais notáveis na sua plumagem é sem dúvida o interior branco das suas asas e as manchas brancas dos ombros. As dimensões destas manchas são variáveis, dependendo da idade da águia. A parte superior da cauda é cinzento-escura, normalmente quase branca ou castanha com uma franja preta.

A Águia Imperial Ibérica vive em zonas montanhosas, mas não a uma altitude muito elevada pois a espécie requer árvores de grande tamanho e de terrenos ricos para caçar. Em algumas ocasiões podemos encontrar exemplares vivendo em zonas baixas como em prados, com árvores pouco frondosas. Já vimos que o seu habitat está condicionado pela abundância de presas.
A população da Águia Imperial Ibérica é sedentária, fazendo viagens curtas, ao contrário da Águia Imperial Oriental que é parcialmente migratória e faz uma longa viagem até ao norte da África Tropical no princípio de Outono. Não existem muitos dados da sua habilidade para caçar presas em pleno voo, mas podemos afirmar que possui uma excelente destreza para caçar pássaros de médio e pequeno tamanho quando estão no chão. O seu terreno favorito é os espaços livres sem arbustos, para uma melhor visão. O voo de caça faz-se em altitude média e quando a águia repara na sua presa, lança-se em voo picado, mas com algumas paragens antes de abater a sua presa.

A Águia Imperial Ibérica tem um regime alimentar bastante variado. A sua dieta consiste principalmente de mamíferos de tamanho médio, como lebres e coelhos do monte, mas também se alimenta e pássaros de tamanho médio, como perdizes ou codornizes, e de répteis (quase exclusivamente lagartos). Também consome cadáveres mais de animais domésticos frescos. Ataques a jovens cabritos ou cordeiros são improváveis mas consomem os seus cadáveres se estiverem abandonados no terreno.